Spider-Man

Dos motivos que levam milhões de pessoas a envolverem-se com videojogos, Spider-Man assenta num dos basilares, a possibilidade do cumprimento de uma fantasia, neste caso, a de SER o Homem-Aranha. É um desejo antigo de várias gerações de jogadores, tentado várias vezes com diferentes resultados. É difícil compreender como só agora um jogo do cabeça de teia mereceu este nível de investimento, questionamos o que raio andou a fazer a licença até aqui, o certo é que depois da adaptação do segundo filme de Sam Raimi para videojogo, há 14 anos atrás, o aracnídeo viu-se condenado a servir de isca para dinheiro fácil.
É em primeiro lugar um jogo desenvolvido para os fãs, o carinho colocado no fan service é um dos seus pontos fortes, envolvendo um alargado leque de referências ao material original. Isso não significa que os escritores não tenham tomado liberdades narrativas, arriscando em aspetos que muitos facilmente considerarão centrais, como é a caracterização da mulher da vida de Parker por exemplo, ela que tem um papel fundamental no desenrolar da história.