Shadow of the Tomb Raider

Depois de dois jogos saídos das mentes da Crystal Dynamics, a franquia Tomb Raider passou para as mãos da Eidos Montreal, agora que a produtora das duas primeiras entradas da série está demasiado ocupada com os milhões da Marvel para fazer tal "Projeto Vingadores." Apesar de compreensível, trata-se de uma medida estranha, tendo em conta que quer-se sempre que uma trilogia acabe forte, mais ainda quando, com certeza, Shadow of the Tomb Raider não deverá ser o último jogo da franquia, e é imperativo deixar os fãs de água na boca.

Na mais recente aventura de Lara Croft, é-nos apresentada uma versão muito mais madura e obscura da salteadora de túmulos, conforme prometido. Depois de conhecermos a origem de Lara em 2013 e a evolução do seu conflito com a Trinity em 2015, o retrato da protagonista é agora pintado com outras cores. De menina, Lara transforma-se em mulher, mas não sem pagar um preço elevado. Talvez o mais interessante de Shadow seja mesmo a personalidade da senhorita Croft, que, não tenho dúvidas, vai polarizar as opiniões dos fãs. Se outrora vimos Lara como vítima de todo o imbróglio que envolve o seu pai e a Trinity, em Shadow atrevo-me a dizer que chegamos a ver em Lara uma espécie de vilão.

Mais crescida, Lara não consegue esquecer o passado e as circunstâncias que lhe tiraram o pai, e parece disposta a literalmente tudo para saciar a sua sede de vingança. Desde o início, não se consegue evitar pensar que a Eidos bebeu bastante da fonte da qual nasceu Rise of the Tomb Raider, chegando mesmo à cópia latente. O jogo abre com uma cena em tudo igual à cena de abertura do segundo jogo da trilogia, e isso inclui mesmo o diálogo com o seu inseparável companheiro Jonah. E é aqui que se percebe que o capítulo final desta aventura de Lara Croft ficou a perder com a passagem de testemunho entre os dois estúdios.

© 2018 João Moreira. Curso de IEFP
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